No meio de um debate nacional sobre a campanha de “saúde reprodutiva” que o Governo desdobrará nas escolas do país para difundir o uso de anticoncepcionais e preservativos entre os menores, o Arcebispo de Corrientes, Dom Domingo Castagna, pediu uma análise profunda e sincera do problema para evitar desumanizar a educação sexual.
Em declarações a radioemissora católica FM São Caetano, Dom Castagna se referiu à “saúde reprodutiva e ética médica” e expôs vários questionamentos. “Não sofre uma grave deterioração a humanização das relações entre as pessoas e povos? São pautas autenticamente humanas as que se observam na ciência médica, na técnica e no ordenamento jurídico de nossas modernas sociedades? Penso especificamente na chamada ‘ética médica’ aplicada a simplificações executadas em públicas campanhas sobre saúde reprodutiva”.
“A Igreja pede honestidade na informação e profundidade na correspondente reflexão filosófica. É grotesco o debate buliçoso sobre se profilático sim ou profilático não. A negativa da Igreja não está sustentada sobre esses aspectos superficiais, como se pretende em algumas disputas mediáticas, mas sim sobre o dom sagrado da sexualidade humana e seu responsável desenvolvimento”, advertiu.
Segundo o Arcebispo, “esse debate profundo, que certas campanhas decidem não abordar, reclama uma educação sexual que evite a banalização de um tema certamente transcendente”.