Ano da Misericórdia, Laudato Si e Evangelii Gaudium, esses são, de acordo com o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Steiner, três presentes dados pelo Papa Francisco à Igreja e que guiarão este ano que se inicia. Sendo que a Evangelii Gaudium retoma dois documentos considerados importantes pelo Papa Francisco.

Em entrevista ao programa Igreja no Brasil, da CNBB, o Prelado recordou que em uma conversa com o Santo Padre, agradeceu-lhe por ter escrito a Evangelii Gaudium, ao que o Pontífice respondeu que apenas estava trazendo o que outros documentos já apontavam.

“Quando falei para o Santo Padre: ‘muito obrigado pelo Evangelho da Alegria (Evangelii Gaudium)’, ele me disse: ‘não tem nada de novo. Eu procurei entender o Documento de Aparecida e o texto do Beato Paulo VI, a Evangelii Nuntiandi’”, contou o Bispo auxiliar de Brasília.

Segundo Dom Leonardo, Francisco lhe disse: “Eu creio que esses dois documentos são tão importantes para a Igreja e procurei trazê-los para a Igreja refletir”.

Para o secretário geral da CNBB, a exortação apostólica Evangelii Gaudium “realmente nos tem ajudado muito e nos ajudará neste ano e no futuro também”.

Além disso, o Bispo sublinhou que a encíclica Laudato Si – sobre o cuidado da casa comum, apresentada em 2015, já está “movimentando o mundo”. Porém, ressaltou que este “é um texto de futuro, que ainda temos que trabalhar muito”.

Da mesma forma, destacou a importância do Ano da Misericórdia, que teve início no dia 8 de dezembro de 2015 e segue até 20 de novembro de 2016. De acordo com ele, no Brasil, a Igreja deve seguir no seu trabalho missionário, mas também tendo por base a misericórdia.

“Sinto que no Brasil estamos crescendo como uma Igreja mais missionária. É bonito ver os leigos participando cada vez mais da ação evangelizadora da Igreja. Este é o primeiro projeto, sermos, como diz o objetivo geral da CNBB, uma Igreja missionária. E acrescentamos também uma Igreja misericordiosa”, declarou.

Dom Leonardo expressou ainda a gratidão a Deus pelo ano que se encerrou, ao mesmo tempo que disse esperar “muitas bênçãos em 2016, para continuarmos a evangelizar, anunciar e testemunhar a alegria da presença de Deus no meio de nós”.

“Para nós, como Igreja, o início do Ano Novo é Jesus. O nascimento de Deus no mundo representa um novo tempo. É bonito pensarmos que o ano é um tempo e espaço dados por Deus, não apenas cronológico. O tempo que Deus nos deu para 2016 é o tempo da misericórdia”, completou.  

Confira também: