Durante sua visita apostólica a Cuba em setembro deste ano, o Papa Francisco recebeu do presidente Raul Castro um simbólico crucifixo o qual lembra a realidade dos imigrantes. Conforme divulgaram ontem, o Santo Padre decidiu doar este presente aos fiéis católicos de Lampedusa, localizada no sul da Itália.

 

 

O crucifixo mede três metros de altura, obra do artista cubano Kcho, compreende uma figura grande de Cristo crucificado sobre uma cruz feita com remos de barcos, os quais recordam os migrantes cubanos que morrem no mar ao tentar chegar na costa dos Estados Unidos.

A ilha italiana da Lampedusa, por sua parte, devido a sua proximidade ao norte da África é uma das principais pontes de ingresso de imigrantes que atravessam o mar Mediterrâneo para a Europa. Milhares de pessoas morreram afogadas no mar tentando chegar à ilha.

O Cardeal Francesco Montenegro, Arcebispo de Agrigento (Itália) – arquidiocese a qual pertence Lampedusa – comunicou ontem que o Papa decidiu doar um crucifixo, durante o Congresso Nacional da Igreja na Itália, que acontece em Florença, e do que o Santo Padre participou no dia 10 de novembro.

Pe. Mimmo Zambito, pároco de Lampedusa, recebendo a notícia do presente, declarou que “a imagem deste crucifixo é um anúncio de misericórdia e a humanidade de Jesus Cristo prevalece sobre qualquer conflito, abatendo muros e atravessando confins”.

Conforme informou a Rádio Vaticano, “o crucifixo será exposto no próximo domingo, 11, na Igreja Santa Cruz de Agrigento, para a abertura diocesana do Jubileu da Misericórdia e, antes de ser colocado na paróquia, fará peregrinação nas cinco regiões pastorais da arquidiocese”.