A objeção de consciência é um direito humano que os funcionários também devem ter, assinalou o Papa Francisco durante o voo a Roma (Itália), quando lhe perguntaram sobre casos de trabalhadores públicos que se negam a casar homossexuais ou praticar abortos, acudindo o seu direito à liberdade religiosa.

Na coletiva de imprensa, recordaram ao Papa sua visita às Irmãzinhas dos Pobres, uma congregação que está nos tribunais pelo fato de haver rejeitado o mandato abortista de Barack Obama.

“Disseram-nos que você queria mostrar seu apoio a elas por seu caso na corte. E, Santo Padre, você também apoia as pessoas, inclusive funcionários do governo, que por objeção de consciência, de sua consciência, não levariam adiante por exemplo uma legislação em favor do matrimônio homossexual, você apoiaria também este tipo de reivindicações no tema da liberdade religiosa?”, perguntou o jornalista.

“Não posso ter em mente todos os casos de objeção de consciência que podem existir”, disse o Papa aos jornalistas durante o voo, “mas posso dizer que a objeção de consciência é um direito que faz parte [do conjunto] de todos os direitos humanos. E se alguém não permite que outros sejam objetores de consciência”, disse o Santo Padre, “essa pessoa nega um direito”.

Francisco assinalou ainda que “a objeção de consciência deve ser respeitada nas estruturas legais pois é um direito, um direito humano. Caso contrário, terminaríamos numa situação na qual escolheríamos o que é certo, dizendo: ’Este é um direito em um mérito, este outro não’”.

A respeito dos funcionários governamentais, o Santo Padre expressou: “É um direito humano! Se o funcionário de governo é uma pessoa humana, tem esse direito. É um direito humano”.

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