O Chanceler da Academia Pontifícia das Ciências, Dom Marcelo Sánchez Sorondo, explicou que muitos dos ataques e críticas ao novo Pontífice se devem ao medo de alguns setores pelas multitudinárias adesões ao João Paulo II e Bento XVI manifestadas nas últimas semanas.

O Arcebispo argentino disse que os meios não conseguiram entender como o Papa anterior e o atual reuniram seis milhões de pessoas. "Estão atacando porque não querem que siga conquistando-se às pessoas", declarou a Rádio 10.

Em referência ao que alguns pensam do Bento XVI, afirmou que "o problema de revolucionário e conservador é que para algumas coisas deve ser de um modo e para outras, de outro modo".

Quem fora o Cardeal Ratzinger "teve um ministério muito duro" ao ter que "pôr ordem nas questões da fé e as idéias" e por isso possivelmente o "conservador" de sua fama. "Mas teve que fazer coisas que não eram só seu parecer, mas sim as do Papa ou da consulta de cardeais", explicou.

Dom Sánchez Sorondo sublinhou que "há um salto de qualidade, de magnitude, ao ser Papa", porque nessa função "tem que anunciar, levar a mensagem", não somente marcar a doutrina, "e isso implica fazer uma fusão de horizontes".