A Solenidade de São Pedro e São Paulo é vivida pela Igreja universal, mas com particular alegria pela Igreja de Roma, “porque no testemunho desses apóstolos, selado com sangue, ela tem seus fundamentos”. Foi o que observou o Papa Francisco no Ângelus, nesta segunda-feira, na Praça São Pedro. Ao fim da oração, o Pontífice pediu que todos rezem por sua viagem ao Equador, Bolívia e Paraguai no próximo mês.

“Roma tem um afeto especial e reconhecimento por estes homens de Deus que vieram de uma terra distante para anunciar o Evangelho de Cristo ao qual se dedicaram totalmente”, disse. O Pontífice notou ainda que é um “orgulho espiritual” em Roma “a herança gloriosa desses dois Apóstolos”, os quais deixam um chamado a viver as virtudes cristãs. “De maneira particular a fé e a caridade: a fé em Jesus como Messias e Filho de Deus, que Pedro professou por primeiro e Paulo anunciou aos gentios, e a caridade que esta Igreja é chamada a servir com horizonte universal”.

O Santo Padre lembrou também da Virgem Maria, “imagem da Igreja, esposa de Cristo vivo”, em sua alocução. Francisco falou sobre a relação entre Maria, Pedro e Paulo. “Pedro conheceu pessoalmente a Mãe de Deus e na conversa com ela, especialmente nos dias que precederam o Pentecostes, ele aprofundou o conhecimento do mistério de Cristo. Paulo, ao anunciar o cumprimento do desígnio salvífico na plenitude dos tempos, recordou a mulher da qual o Filho de Deus nasceu”.

O Bispo de Roma ressaltou que em Pedro e Paulo estão as raízes da profunda e secular devoção dos romanos “para com a Virgem, invocada especialmente como Salus Populi Romani”.

Ele sublinhou: “Maria, Pedro e Paulo são os nossos companheiros de viagem na busca de Deus. São os nossos guias no caminho da fé e santidade. Invoquemos a sua ajuda para que o nosso coração possa sempre estar aberto às sugestões do Espírito Santo e ao encontro com os irmãos”.

Papa Francisco falou aos fiéis também sobre a Celebração Eucarística que presidiu pela manhã, na Basílica Vaticana, quando abençoou e entregou o pálio a 46 Arcebispos metropolitanos. Ele manifestou o desejo de que o pálio, “além de aumentar os laços de comunhão com a Sé de Pedro, seja um estímulo para um serviço cada vez mais generoso às pessoas confiadas ao seu zelo pastoral”.

O Santo Padre recordou ainda a presença da delegação do Patriarcado Ortodoxo de Constantinopla, que foi a Roma participar da Solenidade de São Pedro e São Paulo. “Esta presença é sinal dos laços fraternos existentes entre as nossas Igrejas. Rezemos para que se reforce entre nós o caminho da unidade”, disse. 

Em seguida, sublinhou que a oração de hoje é especialmente para a cidade de Roma, “para o seu bem-estar espiritual e material: que a graça divina sustente todo o povo romano para que viva plenamente a fé cristã, testemunhada com o ardor intrépido dos Santos Pedro e Paulo”.

Após o Angelus, o Papa saudou com afeto os fiéis de Roma e as famílias, Paróquias, associações provenientes da Itália e de várias partes do mundo. Cumprimentou também os estudantes das escolas católicas dos Estados Unidos e da Escócia, e fez votos para a tradicional queima de fogos que se realizará esta noite no Castel Sant'Angelo. A soma arrecadada ajudará uma iniciativa de caridade na Terra Santa e no Oriente Médio.

Por fim, pediu orações para a sua próxima viagem ao Equador, Bolívia e Paraguai, que realizará de 5 a 13 de julho. “Peço a todos vocês que me acompanhem em oração, para que o Senhor abençoe esta minha viagem ao continente latino-americano para mim tão caro, como podem imaginar”, declarou. Ao povo dos três países, expressou a sua alegria por poder ir a suas casas e reiterou o pedido de oração, “para que Nossa Senhora nos dê a graça de nos acompanhar com sua materna proteção”.