O Presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou uma nova estratégia para prevenir a gravidez na adolescência, fundamentada na abstinência e nos valores, já que o planejamento anterior se “fundamentava no hedonismo mais puro e mais vazio: o prazer pelo prazer”.
 
Para o presidente Correa, a Estratégia Inter-setorial de Planejamento Familiar e a Prevenção da Gravidez na Adolescência (ENIPLA) cometeu muitos erros ao afastar os valores e a família das políticas públicas.
 
“A estatística nos diz que somos um dos países com o número mais alto de gravidez na adolescência na região. Era um problema social que era preciso enfrentar…. A estratégia estava totalmente errada. É preciso capacitar os pais. O remédio era pior que a doença. Quebrava-se o vínculo com a família”, expressou Correa em uma mensagem em 28 de fevereiro.
 
“No antigo ENIPLA dizia goza e se tiver problemas vá ao centro de saúde… Estão argumentando que quero impor crenças religiosas, porque coloquei como alternativa a abstinência… Os pais de família precisam ser capacitados e informados adequadamente, e isso pode ser feito através do Ministério da Educação. Não só isso, mas coordenar esforços. Pais de família, em vocês há uma grande responsabilidade”, acrescentou.
 
A nova política do governo se chama “Plano Família Equador” e está a cargo de Mônica Hernández, criticada por ativistas pró aborto e matrimônio gay.
 
O presidente expressou seu apoio a Hernández, que disse: “a família é a primeira escola para formar valores humanos. Formar e motivar os nossos adolescentes para que vivam uma afetividade que lhes corresponda. Temos que formar as nossas crianças desde que estão no seio materno e em temas de afetividade e sexualidade”.
 
Correa é presidente desde 2007 e é questionado por alguns setores por procurar manter-se no poder. Em abril de 2013 foi recebido em audiência pelo Papa Francisco, na qual conversaram sobre o valor da solidariedade e da subsidiariedade na busca do bem comum.
 
A diferença de outros líderes esquerdistas, Correa criticou a ideologia de gênero que “academicamente não resiste a menor análise”, pois destrói a família e assegurou que sua defesa da família e sua oposição ao aborto “não tem nada a ver com esquerda ou direita” mas é uma questão moral.