O diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi SJ, confirmou o anúncio do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, de que o Papa Francisco aceitou o convite para visitar o Parlamento Europeu em Estrasburgo e dirigir um discurso por ocasião de uma sessão solene deste órgão no dia 25 de novembro.

O porta-voz vaticano precisou que não se trata de uma visita à França, mas de uma visita exclusiva ao Parlamento; embora poderia visitar também ao bispo da localidade ou a quem considerasse conveniente durante uma mesma jornada.

Schulz divulgou a notícia à conferência de presidentes e líderes dos grupos políticos. O presidente do Parlamento convidou pessoalmente o Santo Padre durante sua visita oficial ao Vaticano em 11 de outubro de 2013.

Esse dia, logo depois da audiência com o Papa, o padre disse à Rádio Vaticano que o motivo do convite é que “hoje vivemos em um mundo globalizado no qual a União Europeia deve desempenhar um papel de estímulo para obter maior justiça, maior cooperação, deve ser um instrumento para a criação de um mundo mais justo e equitativo. E o lugar onde se discute tudo isto é o Parlamento Europeu”.

“A Santa Sé e o Papa têm um enorme impacto no debate global sobre as mudanças que necessitamos. Por isso, um homem com tal impacto e importância deve tomar a palavra naquele contexto no qual se discute o papel da Europa no mundo. Esta é a razão pela qual busquei convencê-lo para que se dirija ao Parlamento Europeu”, indicou.

Este parlamento está formado de 766 deputados e é a única instituição escolhida diretamente pelos cidadãos na União Europeia. O atual presidente é o socialdemocrata Martin Schulz eleito em janeiro de 2012. Os dois principais grupos do Parlamento Europeu (que juntos possuem o 55% dos bancos) são o Grupo do Partido Popular Europeu e o Grupo da Aliança Progressista de Socialistas e Democratas.