O diretor da Cáritas Jerusalém na Terra Santa, Pe. Raed Abusahliah, expressou a sua esperança de que a trégua proposta pelo Egito se faça realidade para acabar com os enfrentamentos entre as forças de Israel e os palestinos na Faixa de Gaza.

Assim o indicou o sacerdote em declarações à agência vaticana Fides, no sexto dia dos bombardeios de Israel contra a Faixa de Gaza que ocasionou a morte de mais de 190 pessoas. Ante os ataques, as forças palestinas responderam com centenas de mísseis, que em sua maioria foram repelidos pelos sistemas antimísseis israelenses.

O Pe. Abusahliah se refere ao apoio de Israel à proposta de trégua exposta pelo Egito após o falecimento de algumas pessoas em Gaza como consequência dos ataques aéreos realizados na manhã de hoje no povoado de Khan Yunis. De parte palestina, as brigadas Ezzedin al-Qassam, braço armado do Hamas, rejeitaram esta proposta.

Enquanto isso, os líderes de todas as organizações humanitárias e de caridade que fazem parte da Igreja Católica começaram a elaborar iniciativas conjuntas para responder à emergência.

O sacerdote explicou que “nos reunimos na sede da Pontifical Mission para termos a certeza de que todas as nossas realidades que operam em Gaza assumam a emergência de uma maneira coordenada, com a esperança de que a trégua se faça realidade”.

“Mas já sabemos que, além de uma ação imediata, servem projetos a longo prazo para tratar de fazer que as feridas profundas deixadas por esta última intervenção militar na vida dos habitantes da Faixa de Gaza sejam menos dolorosas”.

O sacerdote disse logo que “serão necessário anos para restaurar tudo o que foi destruído e aniquilado, em uma situação na qual a vida de todo o mundo já estava ameaçada por muitos problemas. Deve-se considerar que inclusive antes dos bombardeios, também entre os 1300 cristãos em Gaza, 34 por cento dos lares não dispunha de nenhuma fonte de renda”.

Segundo os dados facilitados pelas organizações de saúde que operam em Gaza, a operação militar israelense “proteção das fronteiras”, provocou até a data 192 mortos e mais de 1.400 feridos entre a população Palestina da Faixa de Gaza.