O Papa Francisco dirigiu esta sexta-feira um discurso a 470 membros do Movimento pela Vida Italiano, no qual reiterou que o direito à vida não está subordinado a nenhuma ideologia e exortou a proteger as crianças –nascidos e não nascidos-, assim como os idosos contra a cultura do descarte, que é uma consequência do divórcio entre economia e moral.

''A vida humana é sagrada e inviolável. Todo direito civil se assenta no reconhecimento do primeiro e fundamental dos direitos, o direito à vida, que não está subordinado a condição alguma, nem qualitativa, nem econômica, muito menos ideológica”, expressou o Papa.

Nesse sentido, indicou que “assim como o mandamento de 'não matar' põe um limite claro para assegurar o valor da vida humana, hoje temos que dizer 'não' a uma economia da exclusão e desigualdade. Essa economia mata... considera-se o ser humano em si mesmo como um bem de consumo, que se pode usar e logo jogar fora. Demos início à cultura do 'descarte' que, além disso, é promovida. E assim se descarta também a vida''.

O Santo Padre advertiu que um dos perigos mais graves da época atual é “o divórcio entre economia e moral, entre as possibilidades que oferece um mercado provido da alta novidade tecnológica e as normas éticas elementares da natureza humana, cada vez mais abandonadas”.

“É necessário reiterar a oposição mais firme a qualquer atentado ao direto à vida, especialmente a vida inocente e indefesa, e o neonato no seio materno, que é o inocente por antonomásia. Recordemos as palavras do Concílio Vaticano II: 'A vida desde sua concepção deve ser protegida com o máximo cuidado; o aborto e o infanticídio são crimes hediondos, expressou.