Em um artigo publicado esta terça-feira, o Vaticanista Sandro Magister dá conta de um fenômeno pouco conhecido, mas muito importante para a sobrevivência do cristianismo em Terra Santa, é a chegada dos cristãos “invisíveis”.

Magister, vaticanista do semanário italiano L’Espresso, assinala que o número dos cristãos das diversas comunidades tradicionais em Terra Santa veio diminuindo segundo as estatísticas.

Entretanto, citando a obra de uma perita italiana em temas religiosos, Magister observa que existe um número significativo de cristãos não incluídos nas estatísticas, e que “se fossem contagiados, revolucionariam” à comunidade cristã na Palestina.

Segundo a perita Elisa Pinna, citada pelo Magister, os “cristãos invisíveis” são pessoas de origem judia mas que hoje são cristãos. A maioria deles chegou com a maciça imigração de judeus da Rússia e Ucrânia, que entre 1989 e 1993 atraiu ao Israel a mais de um milhão de pessoas.

Mas um estudo realizado em 1999 demonstrou que entre 86 mil imigrantes examinados, 53 por cento não podia ser considerado hebreu diante da lei.

Líderes ortodoxos e católicos assinalaram que o número de cristãos não registrado que provêm da última imigração poderiam ser 400 mil; face aos esforços de assimilação do governo israelense.

A esta campanha, segundo a perita citada pelo vaticanista, respondeu a comunidade cristã com uma campanha de “reevangelização”. Especificamente, a Igreja Católica enviou 10 sacerdotes capazes de falar russo ou ucraniano.

O artigo de Magister inclui um revelador “quem é quem” dos cristãos em Terra Santa.

O artigo pode ler-se em inglês esta terça-feira em: www.chiesa.espressonline.it/index.jsp?eng=y