A Igreja ortodoxa da Síria qualificou como mártir da fé o diácono católico Fautuh, que dirigia o automóvel onde viajavam os Bispos ortodoxos sírios sequestrados em 22 de abril, e que foi assassinado no momento do rapto com um tiro na cabeça.

Fautuh, diácono católico de rito latino e pai de três filhos, foi enterrado em 24 de abril. Ainda não se sabe nada sobre os bispos sequestrados.

O Arcebispo da Igreja ortodoxa de Antioquia no México, América Central, Venezuela e no Caribe, Antonio Chedraui, disse em 24 de abril ao grupo ACI que "os senhores arcebispos continuam sequestrados".

Precisamente, "foram pagar o resgate de dois sacerdotes que foram sequestrados há meses. Assim pegaram os arcebispos", assinalou Chedraui.

As Igrejas síria-ortodoxa e a grego-ortodoxa emitiram recentemente um comunicado conjunto condenando a violência, que afeta muitos cidadãos sem "distinção de pertença de nenhum tipo".

Os religiosos ortodoxos assinalaram também que "os cristãos nestas terras são parte inseparável da malha dos povos aos quais pertencem", e pediram orações pela libertação dos bispos sírios.

Em 25 de abril, a Comissão Executiva da Conferência Episcopal Argentina (C) expressou sua proximidade ao povo da Síria "ante a grave situação de violência que se vive" nesse país, a que "ameaça a vigência dos direitos humanos e a liberdade religiosa, onde, além disso, aconteceu o sequestro de dois arcebispos sírios de Alepo, da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Patriarcado de Antioquia e da Igreja Síria Ortodoxa".

"Como cristãos elevamos nossa oração ao Senhor da vida e da história para que termine a violência nessas queridas terras, ao mesmo tempo em que imploramos aos que tem responsabilidade de governo para que arbitrem os meios a fim de obter a paz, fruto da justiça, e que se garanta a liberdade religiosa, apoiada no respeito pela dignidade da pessoa humana", assinalou a mensagem.

A Comissão Executiva da CEA pediu a Nossa Senhora de Luján "sua proteção sobre nossos irmãos sírios, rogando pelo eterno descanso das vítimas deste conflito, e pedindo-lhe o consolo para suas famílias".