Na 10ª edição da Via Sacra da Criança e do Adolescente, ocorrida nesta última sexta-feira, antes do início da Semana Santa cerca de 5 mil participantes da Pastoral da Criança e do Adolescente percorreram as ruas do centro de São Paulo em busca de melhores condições para os menores.

A procissão começou às 9h30 no Páteo do Colégio e o padre Júlio Lancellotti entregou ao secretário de Estado da Justiça, Alexandre Morais, uma carta com a pauta de reivindicações relacionadas à Febem. No mesmo momento, na unidade Raposo Tavares, mais uma rebelião de internos começava, e o governador Geraldo Alckmin anunciava mudanças na estrutura da instituição. "transferir os jovens para presídios é uma medida de força. Esses jovens serão muito prejudicados com isso", criticou o padre Júlio.

Depois, seguiram em procissão até a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, para pedir a ampliação de programas sociais e recebeu do secretário Floriano Pesaro o compromisso de parceria para cuidar da população de rua na cidade. Em seguida, uma carta foi entregue a um representante da Cohab, Companhia de Habitação de São Paulo. Entre as reivindicações ao órgão, está o compromisso de que o Programa do Adolescente-Aprendiz seja mantido.

A parada seguinte da Via Sacra foi o gabinete do prefeito, no Viaduto do Chá. Na ausência de José Serra, o coordenador da Comissão de Direitos Humanos, José Gregori, desceu à rua para receber a carta destinada ao prefeito.

Na carta, a Pastoral do Adolescente cobra da administração municipal a implantação de um projeto de trabalho para adolescentes. " Esse foi um projeto formulado na campanha, queremos que ele seja posto em prática" - disse o padre Júlio Lancellotti. A Via Sacra foi encerrada por volta das 12h, na Catedral da Sé.