O Diretor do Escritório de Imprensa da Companhia de Jesus (os Jesuítas), Padre Giuseppe Bellucci, explicou que o fato de que o Papa Francisco seja Jesuíta não varia o grau de amor ou fidelidade que sua ordem sempre manifestou ao Sumo Pontífice.

"Nós como jesuítas, temos um voto especial de obediência ao Santo Padre. E não muda nada se o Papa é ou não jesuíta", explicou o Padre Bellucci em uma entrevista concedida ao grupo ACI no último dia 19 março.

"É obvio, como jesuítas, estamos orgulhosos e alegres por ter um Papa jesuíta. E não esperávamos algo assim, nunca íamos imaginar isso e agora temos um", acrescentou emocionado.

Pouco depois de ser eleito, o Papa Francisco telefonou pessoalmente para o superior geral dos jesuítas, Padre Adolfo Nicolás Pachón, para agradecer uma carta de felicitação enviada por ele. O sacerdote manifestou ao Papa -segundo o preceito de São Inácio de Loyola-, seu serviço incondicional à Igreja e ao Vigário de Cristo.

Além disso, dias mais tarde, o Papa Francisco escreveu uma carta pessoal à Companhia de Jesus animando-lhes a "ser fermento evangélico no mundo, procurando infatigavelmente a glória de Deus e o bem das almas".

Segundo dados divulgados pelo Pe. Bellucci, os jesuítas são mais de 18 mil em todo o mundo, e exercem atividades muito variadas. Sua principal forma de apostolado é a espiritual, apoiados nas lições de São Inácio de Loyola, mas também abrangem outro tipo de serviço.

Os jesuítas se sentem muito comprometidos com a educação e estenderam por todo mundo númorosos centros de educação. Estas escolas abrangem todos os níveis, do ensino fundamental até a universidade. As principais universidades jesuítas se encontram na Ásia e América do Norte.

Além disso, a Companhia de Jesus está muito comprometida com a pobreza e fundou faz 25 anos o "Jesuit Refugee Service" (JRS), o "Serviço Jesuíta ao Refugiado", uma organização católica internacional que trabalha em mais de 50 países, com a missão de acompanhar, servir e defender os direitos dos refugiados e deslocados forçosos.