O Secretário Geral da Conferência Episcopal da Venezuela, Dom Jesús González del Zarate, fez um chamado à unidade nacional logo do falecimento do presidente Hugo Chávez. O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou esta tarde que a morte do líder venezuelano de 58 anos, por causa de um câncer, produziu-se no Hospital Militar de Caracas às 4.25 p.m.

O também Bispo Auxiliar de Caracas fez um chamado à "unidade nacional" para confrontar o "fato doloroso" do falecimento do mandatário. "Neste momento todos ponhamos nossos melhores sentimentos", disse o Prelado em declarações telefônicas ao programa televisivo Alô Cidadão, do canal privado Globovisión.

O Bispo recordou logo que "a morte não é o final de nossa vida, a morte abre o passo à vida plenamente feliz, ao lado de Deus, nosso Pai".

Em diversas ocasiões os bispos da Venezuela tinham pedid à população orações pela saúde do mandatário.

Ao início da Quaresma, em fevereiro, o arcebispo de Caracas e primaz da Venezuela, Cardeal Jorge Urosa Savino, alentou os fiéis a rezarem pela recuperação de Chávez.

"Deus quer que nossa oração seja mais viva e para este ano a Igreja propõe ler a Palavra de Deus. Mas além disso devemos comparecer à Santa Missa que é o anúncio da Ressurreição gloriosa de Jesus Cristo", disse o Cardeal na oportunidade.

Em janeiro deste ano, através de um comunicado assinado pelo Arcebispo de Cumaná e Presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, os prelados destacaram os sentimentos de solidariedade para com Hugo Chávez até mesmo de seus rivais políticos.

"Foi bonito ver como os partidários e os adversários do presidente coincidiram em apresentar orações e oferendas a Deus por sua pronta recuperação e volta (ainda estava em Cuba), como aquilo que mais convém ao país".

Chávez este hospitalizado desde junho de 2011 em Havana (Cuba) em diversas ocasiões e o estado de sua saúde não era conhecido com precisão devido ao hermetismo das autoridades venezuelanas.

O exército da Venezuela se desdobrou em diversos lugares do país para manter a ordem logo do falecimento do Chávez.

A Constituição venezuelana prevê que agora deverá assumir provisoriamente o mando do país o presidente do Parlamento, Diosdado Cabello, até a convocatória de novas eleições.