O Presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Emigrantes e Itinerantes, Cardeal Antonio María Vegliò, afirmou que o turismo é um direito de todos e pediu promover as condições para que esta atividade beneficie a todos os grupos humanos, especialmente aos menos favorecidos.

"Devem ser promovidas as condições que favoreçam a existência de um turismo social, ao que todos tenham acesso, e de modo especial as famílias, os jovens, os estudantes, as pessoas maiores e os que padecem de deficiências", afirmou durante a inauguração do 7º Congresso Mundial da Pastoral do Turismo, que se realiza em Cancun, México, do dia 23 ao 27 de abril sobre o tema "O turismo que marca a diferença".

A autoridade vaticana assinalou que o turismo "é uma ocasião para a restauração física e espiritual" das pessoas, para o recíproco conhecimento e para conseguir a paz e o desenvolvimento.

Entretanto, advertiu que esta atividade não está livre de riscos, pois "pode promover perigosas mudanças urbanísticas e meio-ambientais, a deterioração do patrimônio cultural, a diminuição de valores e, o que muito pior, um menoscabo da dignidade humana".
Nesse sentido, recordou que Pio XII foi o primeiro Papa "que de modo sistemático abordou a pastoral do turismo". "Desde esse momento, a atenção pastoral da Igreja experimentou um contínuo crescimento em suas iniciativas, ao tempo que ampliou os âmbitos de sua ação", afirmou.

A Organização Mundial do Turismo registrou 980 milhões de chegadas turísticas internacionais no ano de 2011 e se calcula que se chegará a um bilhão este ano.