O Pe. Ricardo Reyes Castillo, sacerdote membro do Caminho Neocatecumenal e pároco na diocese de Roma, assinalou que a aprovação do Papa Bento XVI ao seu movimento, divulgada no dia 20 de janeiro, "não mudou absolutamente nada".

Em declarações ao grupo ACI neste 23 de janeiro, o sacerdote de origem panamenha assinalou que a aprovação do Papa às celebrações que estão no Diretório Catequético do Caminho Neocatecumenal significa "simplesmente (que) a Igreja confirmou que os ritos utilizados nas diferentes etapas de formação do Caminho Neocatecumenal vivem e são conformes à tradição da Igreja".

"Este é outro passo mais no processo através do qual a Igreja segue com amor os fiéis que pertencem à dita experiência de fé", acrescentou.

As declarações do sacerdote se referem ao decreto que o Pontifício Conselho para os Leigos comunicou há poucos dias no qual foram aprovadas as "celebrações contidas no Diretório Catequético do Caminho Neocatecumenal que não resultam por sua natureza já reguladas pelos Livros litúrgicos da Igreja".

O Pe. Reyes disse também que "o Caminho Neocatecumenal está agradecido porque se sente guiado e protegido sob as asas da Igreja que como sempre se manifesta como Mãe".

Na sexta-feira 20 de janeiro o Papa Bento XVI recebeu mais de 7 mil membros deste movimento a quem agradeceu por seu valioso serviço à Igreja, alentou-os a proclamar a Cristo e lhes recordou o caráter público da Eucaristia e que suas comunidades devem estar integradas nas paróquias nas que estão presentes.

Em outubro de 2011, o Pe. Reyes apresentou o livro "A unidade no pensamento litúrgico de Joseph Ratzinger". Na apresentação participou o Prefeito para a Congregação do Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Antonio Cañizares Llovera, quem considerou que esta obra "define muito bem" o pensamento de Bento XVI.

O livro, que o sacerdote obsequiou pessoalmente ao Papa, apresenta uma visão da liturgia desde o ponto de vista unitário do Cardeal Ratzinger. "Veja a comunhão da Igreja, veja a unidade da Igreja, veja a caridade, o ter unido que a Igreja seja verdadeiramente sinal de salvação", assinalou.

Naquela oportunidade o Pe. Reyes disse que o Papa "é fortemente litúrgico, ele pensa na Igreja como uma unidade eucarística, quando tem que falar de cristologia ou da figura de Cristo, ou das coisas teologais, do final, ou do que seja, ele sempre faz referência à eucaristia ou a algum aspecto da liturgia".

"Por isso é impressionante como toda a estrutura da teologia tenha um fundamento na liturgia, e para mim isto foi uma grande descoberta", indicou.