No encerramento do Simpósio teológico-pastoral em Fátima cujo tema foi “Adorar Deus em espírito e verdade”, o bispo de Leiria-Fátima considerou este domingo que a “verdadeira adoração a Deus, característica do ser cristão”, deve ser concretizada através de gestos de “acolhimento”, no meio da comunidade.

“A primeira adoração na vida quotidiana é acolher a Deus com todo o coração, no rosto, nas palavras e, porventura, nos gritos, nas necessidades e nas misérias dos irmãos que sofrem” sublinhou Dom António Marto em nota divulgada pela Agência Ecclesia do episcopado português.

O último dia deste evento, de caráter teológico-pastoral, começou com uma celebração eucarística na Igreja da Santíssima Trindade no Santuário de Fátima.

De acordo com a sala de imprensa do Santuário de Fátima, o prelado desafiou os fiéis a não procurarem “gestos espetaculares” de acolhimento, mas a terem sobretudo “um sorriso acolhedor, a capacidade de ouvir, uma palavra para levantar o ânimo, um gesto de partilha, de apoio e amizade” para com o próximo.

Dom Marto exortou os presentes a considerar o exemplo deixado por Maria, a quem nomeou de “Mãe da Ternura, Mãe do Acolhimento”.

Segundo recorda a Agência Ecclesia o simpósio foi Lançado no dia 24 de junho, no contexto das comemorações do centenário das Aparições de Fátima, que terá lugar em 2017  e contou com cerca de 400 participantes e conferencistas, entre os quais esteve o novo reitor do Santuário mariano, o padre Carlos Cabecinhas.

Abordando a adoração no contexto da mensagem de Fátima, o sacerdote falou de um gesto “intimamente unido à revelação do rosto trinitário de Deus”, em “estreita relação” com a experiência de “reparação” vivida pelos três Pastorinhos.

Por sua parte, Dom António Couto, bispo auxiliar de Braga, qualificou a adoração como uma experiência de “relação”, nascida a partir do Novo Testamento, quando Jesus Cristo introduziu a palavra “Pai” para se dirigir a Deus.

Segundo o prelado, especialista em Sagrada Escritura, adorar e estar em “comunhão” com Deus significa precisamente adotar esta posição de amor filial, em cada momento do dia.