Ao presidir ontem, festa da Visitação da Virgem, a procissão e a oração do Terço ao finalizar o mês de maio, o Papa Bento XVI exortou a que a Mãe de Deus permita que os cristãos respondam cada vez mais generosamente ao plano do Senhor, abraçando a cruz, a exemplo do Papa João Paulo II.

Em suas palavras na gruta da Lourdes logo depois da procissão que se iniciou na Igreja de São Estevão, que se encontra atrás da Basílica Vaticana, o Santo Padre fez votos para que a Virgem Maria "guie a uma resposta cada vez mais generosa e incondicional a seus projetos, também quando estamos chamados a abraçar a cruz".

O Papa também recordou que "ter começado este mês de Maria com a memorável beatificação de João Paulo II foi e segue sendo para todos um motivo de grande alegria e gratidão".

"Que grande dom de graça para toda a Igreja, a vida deste grande Papa! Seu testemunho segue iluminando nossas vidas e nos impulsiona a ser verdadeiros discípulos do Senhor, a segui-lo com a coragem da fé, a amá-lo com o mesmo entusiasmo com que ele deu sua vida a Cristo".

Referindo-se em seguida à festa de 31 de maio, Bento XVI assinalou que "a Visitação de Maria nos leva a refletir sobre esta coragem da fé. Aquela que Isabel acolhe em sua casa é a Virgem que "acreditou" no anúncio do Anjo e respondeu com fé, aceitando com valentia o projeto de Deus para sua vida e acolhendo em si a Palavra eterna do Altíssimo".

"Maria acreditou realmente que ‘nada há impossível para Deus’, e com esta confiança se deixou guiar pelo Espírito Santo na obediência diária a seus intuitos. Como não desejar, para nossa vida, o mesmo abandono? Como poderíamos não desejar aquela felicidade que nasce de uma profunda e íntima familiaridade com Jesus?"

"Por isso, dirigindo-nos hoje à ‘cheia de graça’, pedimos-lhe que obtenha, também para nós, da Divina Providência, poder pronunciar cada dia nosso ‘sim’ aos intuitos de Deus, com a mesma fé humilde e sincera com a que a Virgem pronunciou o seu".

Finalmente o Papa encomendou "à intercessão materna da Maria a Igreja e o mundo" e "o dom de saber acolher sempre na própria vida a senhoria daquele que com sua ressurreição venceu a morte".