O monge beneditino alemão, Pe. Jeremias Marseiile, deu alguns detalhes sobre a construção do novo mosteiro que estará no lugar onde Cristo multiplicou cinco pães e dois peixes, à beira do Mar da Galileia na Terra Santa, com os quais puderam alimentar-se mais de 5 000 pessoas.

O relato do Evangelho de São João mostra os Apóstolos de Jesus preocupados porque havia milhares de pessoas ao seu redor que não tinham que comer. Jesus sai ao encontro da situação e abençoou os cinco pães e dois peixes que um rapaz tinha. Logo depois de que todos comeram, os discípulos encheram doze cestas com o que sobrou.

Em declarações à organização católica Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), o sacerdote alemão disse que sua comunidade, custódios da Igreja da Multiplicação dos Pães e Peixes, necessita um novo mosteiro porque o que foi construído nos anos 50 já não é seguro.

"Os quartos têm gretas profundas e a casa se move um pouco, já que vivemos em uma zona em que os sismos ocorrem por estar perto do vale do rio Jordão", indicou o monge beneditino.

A segunda razão, acrescentou, "é mais importante, não só necessitamos uma casa nova mas um novo claustro onde a vida monástica possa incrementar-se e crescer".

Este lugar dedicado à oração e à reflexão resulta de particular importância para os monges, não só pela grande quantidade de turistas que ali chegam –com um topo de até 5 000 pessoas diárias– mas para ter um espaço de acolhida para os jovens com algum tipo de deficiência que chegam ali para ser atendidos, provenientes de Israel e outros lugares.

AIS contribui com mais de 50 000 euros para a construção do oratório, que o Pe. Marseille descreveu como "o coração do novo mosteiro".

"A construção vai bem, já estamos por terminar as celas, logo faremos a asa oeste com o novo oratório. Esperamos terminar a estrutura de todo o mosteiro em outubro, para mudar-nos ao final de maio do próximo ano", afirmou.

O novo mosteiro é um projeto da Associação Alemã para a Terra Santa e os Monges Beneditinos.

A atual igreja está construída sobre o lugar onde um templo bizantino foi destruído no ano 614 pelos persas. A atual estrutura contém alguns restos do pavimento de mosaicos do século V.