A Associação Estatal de Advogados Cristãos (AEAC), pediu ao Alto Comissário para os Direitos humanos da ONU, Navi Pillay, que investigue as mais de 150 violações ao direito à liberdade religiosa na Espanha e sancione o Governo espanhol "em caso de responsabilidade provada".

A AEAC informou na segunda-feira que entregou um relatório que apresenta as "violações reiteradas, persistentes e manifestas dos direitos humanos relacionados com a liberdade de religião ou de crenças na Espanha".

Entre as denúncias estão as declarações públicas de membros do Governo ou altos cargos, como o ex-comissário para as vítimas do terrorismo Gregorio Peces-Barba, que no dia 11 de abril fez comentários denigrantes aos católicos, em referências às medidas considerava que deveriam ser adotadas contra a Igreja.

Os advogados pediram que  Pillay investigasse esta "crescente onda de ataques laicistas ou anti-religiosos" e obrigue o Estado espanhol a cumprir com as resoluções da ONU sobre liberdade religiosa. "Em caso de comprovar os fatos, as sanções poderiam contemplar a retirada do direito a voto da Espanha na Comissão de Direitos humanos", indicaram em uma nota de imprensa.

A AEAC também se referiu aos ataques contra igrejas ou a recente procissão atéia organizada pela Associação da Madrilenha de Ateus e pensadores livres que convocava a "castigar a consciência católica" e "fazer dano sem contemplações".