Padre Olmes Milani, missionário scalabriniano que reside em Tóquio, relata momentos de pânico geral após o terremoto no Japão. Um dia após a tragédia este padre brasileiro, recorda o momento em que saiu do seu escritório para sair à rua nos momentos de maior intensidade sísmica.

“Uma espécie de pânico apodera-se de mim, cada vez que um objeto se mexe, eu estremeço. É que a experiência foi terrível,” relata em comunicado enviado à Agência Ecclesia, do episcopado português.

O pânico ainda é generalizado e hoje as pessoas acorriam aos supermercados para se abastecer com medo de réplicas e de novos sismos.

Padre Olmes acrescenta ainda que “há réplicas que podem ser sentidas 28 horas depois.”

“Desta vez Tóquio, o maior centro urbano do mundo, praticamente parou. Ferrovias, rodovias e muitos aeroportos pararam. Muitos comboios e autocarros estão degradados. Milhares de pessoas dormiram em abrigos, estações e locais de trabalho”, acrescenta o comunicado do sacerdote brasileiro.

No comunicado enviado à Agência Ecclesia o missionário esclarece que não houve feridos na comunidade e agradece a oração de todos.

“Que o Deus de todos os povos dê força e esperança aos sobreviventes e acolha na sua paz quem não terá mais medo desses fenômenos,” conclui.

Ao sismo de magnitude 8,9 na escala de Richter, foi seguido de um tsunami com ondas de até dez metros e várias réplicas do sismo, 179 quilômetros ao leste de Sendai, na ilha de Honshu, e 382 quilômetros a nordeste de Tóquio.

Segundo um balanço provisório, feito recentemente, estima-se que o sismo provocou 703 mortos.

O Japão declarou estado de emergência e várias equipes de socorro provenientes de 45 países estão prontas para intervir.