O postulador da causa do Papa João Paulo II, o sacerdote polonês Slawomir Oder, assinalou que a fonte de sua coerência, energia e entusiasmo; entre outras qualidade, sempre foi a oração, sua especial relação através dela com Deus.

Em uma conferência titulada "O segredo e a essência da santidade de João Paulo II" realizada na sexta-feira 25 de fevereiro em Roma no marco de sua próxima beatificação no dia 1º de maio nesta cidade, o sacerdote disse que "não existia um Wojtyla público e outro privado: a opinião que o mundo amadureceu ao ver seus mais de 26 anos de pontificado foi demonstrada como certa".

Por isso, o Pe. Oder disse estar convencido de que realizar o processo para a beatificação foi algo efetivamente útil porque longe de ser "o burocrático exame de uma existência" permitiu "restituir a intensidade e vigor a aspectos já conhecidos da vivência humana de Karol Wojtyla, junto aos episódios inéditos oferecidos para a partilha comum"

"Sua simpatia, o ardor da oração, a espontaneidade ao encontrá-lo, a capacidade de estabelecer relações, não eram simples atributos de uma imagem mediática, mas constituíam a real essência de sua pessoa".

Entre estes aspectos de João Paulo II, o postulador ressaltou como "a fonte de sua coerência, energia, entusiasmo e profundidade" a relação do Papa com a oração, seu contínuo "encontro com Deus, seu ser apaixonado por Cristo e sentir-se amado por Ele".

Para o sacerdote, o Papa peregrino tinha na oração "o ar que respirava, a água que tomava, o alimento que o nutria", tanto assim "manteve-se sempre fiel, até a hora de sua agonia".

O processo subseqüente, disse o Pe. Oder, confirmou que para Karol Wojtyla "a primeira tarefa do Papa para a Igreja e o mundo era rezar".