O presidente da ONG Pró-vida, Roberto Castellano, advertiu na segunda-feira, 7, as conseqüências negativas que o envelhecimento populacional trará para a economia argentina, graças às políticas anti-natalistas que não permitem chegar à taxa de reposição populacional de 2,1 por ano.

Comentando os resultados do Censo 2010 realizado em 27 de outubro, Castellano explicou que "à luz dos resultados assinalados pareceria que estaria tendo êxito a política de controle ou desalento demográfico".

O líder pró-vida advertiu que o envelhecimento do "capital humano" afetará a economia da Argentina, em áreas como o sistema de aposentadorias, já que não haverá o número necessário de pessoas que contribuam para sustentar os aposentados, "colocando além disso, o país na lista de nações que não interessam aos investimentos devido à exígua população e conseqüente pequenez de seu mercado interno".

"A Argentina ficaria assim relegada ao papel de simples fornecedora de matérias primas para economias mais desenvolvidas, com pouca ou nula população que assegure que o superávit de suas exportações seja destinado a atender o endividamento externo e que a carência crônica de nova população seja suprido com a incorporação de imigração de baixa qualificação ou de capacitação nula que assegure produção primária barata", acrescentou.

Castellano criticou finalmente que a Argentina abandone a ordem "'Governar é povoar' (...) por ideologias estrangeiras coloniais disfarçadas de 'direitos sexuais', 'saúdes reprodutivas'", que têm feito da Argentina uma nação "diminuída e degradada".