O Papa Bento XVI expressou sua profunda dor e firme rechaço pelo atentado terrorista ocorrido ontem no aeroporto Domodedovo em Moscou (Rússia) no qual morreram 35 pessoas e outras 180 saíram feridas, dentre as quais 110 permanecem hospitalizadas.

O atentado, ocorrido às 16.32 hora local (13.32 GMT), foi perpetrado em uma zona comum de acesso livre na zona de chegadas internacionais do aeroporto em meio de centenas de pessoas que esperavam a chegada de 30 vôos.

Em um telegrama assinado pelo Secretário de estado Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, e enviado ao Presidente da Federação Russa, Dmitrij Medvedev, destaca-se que "após conhecer a trágica notícia do atentado ocorrido no aeroporto Domodedovo de Moscou, onde numerosas pessoas perderam a vida, Sua Santidade Bento XVI expressa sua profunda dor e firme rechaço pelo grave ato de violência".

O Papa, diz o telegrama "deseja fazer chegar seus sentimentos de proximidade espiritual e suas especiais condolências aos familiares das vítimas".

"O Sumo Pontífice assegura orações fervorosas de sufrágio pelas vidas ceifadas, enquanto pede ao Senhor conforto celestial aos que choram a perda trágica, e envia sua benção e saudação, sem se desprender de um pensamento especial aos que ficaram feridos".

Por sua parte a comunidade católica russa se reúne esta tarde em São Petersburgo para uma oração de sufrágio pelas vítimas do atentado. O Arcebispo da Arquidiocese da Mãe de Deus de Moscou, Dom Paolo Pezzi, expressou "a dor e o desconsolo dos católicos" pelas vítimas do atentado.

A Rádio Vaticano informou que o Kremlin classificou o ataque de "terrorista". Há informações de que os serviços de segurança do país sabiam, há uma semana, da preparação do atentado por três suspeitos, os quais não conseguiram localizar em tempo. De acordo com a polícia, os três seriam da região separatista do Cáucaso.