O Ministro de Saúde, Ginés González García, declarou nesta segunda-feira ao jornal local Página 12, que é a favor da legalização do aborto como parte de sua gestão.

"Sim, eu penso que terei que legalizar o aborto", declarou o Ministro e disse que essa postura se apóia em sua oposição à mortalidade materna e a mortalidade infantil. Por razões sanitárias e éticas".

O Ministro argüiu que a despenalização do aborto tem a ver com questões sanitárias. “Se o aborto já fosse legalizado, muitas dessas mães que não vão ao médico ou que chegam à beira da morte, poderiam se salvar” e acrescentou que “o programa de saúde reprodutiva diminuiria muitos abortos através de prevenção de gravidezes não desejadas".

O Presidente Néstor Kirchner, não emitiu nenhum pronunciamento sobre o aborto ou o controle da natalidade, mas não desautorizou González, que propôs como membros do Superior Tribunal juristas que publicamente reclamaram a legalização do aborto.

Esta não é a primeira vez que González evidencia sua posição anti-vida, pois faz um tempo liderou a distribuição gratuita de folhetos, como parte de uma campanha para alertar a população sobre o AIDS.