O Arcebispo Primaz do México, Cardeal Norberto Rivera, assinalou que São Juan Diego, o vidente da Virgem de Guadalupe em 1531, foi eleito para receber esta graça porque "tinha um coração humilde".

Na homilia da Missa desta quinta-feira 9 de dezembro, dia de São Juan Diego, o Cardeal destacou a simplicidade e humildade deste índio canonizado pelo Papa João Paulo II em 31 de julho de 2002 na Basílica de Guadalupe.

O mensageiro da Virgem Morena ante as autoridades religiosas da época "viveu um dos valores mais importantes: tinha um coração humilde…e por isso foi eleito, por sua candura, sua ternura e humildade".

A inocência de Juan Diego, continuou, foi gratificada com a possibilidade de ver a Virgem em 1531 à idade de 57 anos, "escutar sua doce voz e ser seu mensageiro ante o Bispo Frei Juan de Zumárraga" diante de quem ocorreu o milagre das flores.

A Mãe de Deus tinha pedido a Juan Diego que levasse ao Bispo umas flores que estavam no lugar no inverno e que não costumavam brotar ali. O índio obedeceu e carregou as flores em seu manto. Ao abri-la ante o Bispo apareceu impressa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, que até agora se conserva na Basílica dedicada a ela.

O Arcebispo Primaz do México disse também em sua homilia que a Virgem de Tepeyac deu a este país a mensagem da esperança, da evangelização e da edificação da Igreja entre o povo mestiço.

A Mãe de Deus, continuou, expressou ante São Juan Diego seu desejo de que lhe construíssem uma "casinha no Tepeyac", não só para ter uma gruta ou uma imponente basílica, mas para que os fiéis verdadeiramente construam a Igreja nesta cidade.

São Juan Diego, disse o Cardeal, é também um modelo de vida e sinal de contradição para aqueles que "ostentando-se como católicos, cometem tantas atrocidades".

Na Virgem Morena a sociedade pode reencontrar os valores da esperança e a simplicidade, concluiu Com Rivera.