Duas líderes pró-vida deploraram as recentes pressões do Comitê de Direitos humanos de Nações Unidas contra El Salvador para que se introduzam reformas legais a favor do aborto.

A presidenta da Fundação Sim à Vida, Regina Cardenal, recordou à agência ACI IPrensa que as pressões não são uma novidade e não estranha que a ONU e outros organismos internacionais queiram mudar as leis do país para dar luz verde ao negócio do aborto.

O Comitê difundiu um texto no qual exige a El Salvador "tomar medidas para impedir que as mulheres que vão aos hospitais públicos sejam denunciadas pelo pessoal médico ou administrativo pelo delito do aborto".

Cardenal recordou que "há alguns anos no New York Times apareceram uma série de mentiras sobre as leis" salvadorenhas e se disse que inclusive havia mulheres presas por abortar.

"Diziam que havia mulheres que tinham uma pena de 30 anos. Entretanto revisamos e não havia nenhuma só condenada. Eles trabalham com mentiras porque o aborto é um negócio, portanto as pressões não vão acabar", acrescentou.

Cardenal também questionou a conduta da diretora do Instituto Salvadorenho para o Desenvolvimento da Mulher, Julia Evelyn Martínez, quem se comprometeu "com os organismos internacionais a revisar as leis que protegem o não-nascido"

"O Presidente da República, Mauricio Funes a desautorizou porque em nenhum momento ele pretendia mudar algo da legislação", acrescentou Cardenal em alusão ao documento chamado "Consenso de Brasília" que Martínez assinou.

Seria muito difícil para os abortistas mudar a atual legislação salvadorenha "porque para fazê-lo teriam que mudar a Constituição, algo muito complicado a estas alturas", acrescentou em alusão ao primeiro artigo da Carta Magna reconhece toda pessoa humana desde o instante da concepção.

Por sua parte e também em declarações à ACI Prensa, a advogada e líder pró-vida Georgina Rivas lamentou que os organismos que nasceram para proteger a humanidade agora se manifestem em contra ela. "Se não se protege a vida do ser humano com o cuidado que corresponde, como podemos dizer que estamos protegendo qualquer manifestação da própria vida?"

"Evidência deste engano tão profundo é que se promova dar liberdade à mulher para ferir: seu corpo, sua psique, seu espírito e a de seu mais valioso dom, essa vida que leva em seu ventre", explicou.