SANTIAGO, 14 de out de 2010 às 16:36
O jornal O Mercúrio informou que o Arcebispado de Antofagasta, presidido por Dom Pablo Lizama, anunciou que se iniciou o processo de beatificação do doutor e poeta Antonio Rendic, conhecido como o "médico dos pobres", por seu trabalho generoso e dedicado aos mais necessitados.
O também conhecido como "Apóstolo dos humildes" não só teve como vocação de entrega a medicina mas também incursionou como escritor de diferentes obra literárias.
A nota destaca que "essas qualidades éticas e morais, mais sua vocação como médico e dedicação aos menos favorecidos são as que 17 anos depois de sua morte o colocam no caminho à beatificação".
Sua vida
Antonio Rendic nasceu na Ilha de Brac (antiga Yugoslavia), em 20 de dezembro de 1896. Esteve casado com Jenkins Richards com quem não teve filhos. Chegou ao Chile à idade de 3 anos e obteve a nacionalidade desta nação em 1931.
Cursou seus estudos primários em Antofagasta, os secundários no Liceu de Copiapó, ingressando posteriormente à Universidade do Chile, onde recebeu o título de médico-cirurgião.
Rendic exerceu sua profissão na cidade de Antofagasta aonde atendia gratuitamente a mais de 50 pessoas por dia. Sua profissão de médico não o impediu incursionar nas letras. Publicou perto de 40 obras de versos com o pseudônimo de "Ivo Serge".
Antes de iniciar seu trabalho do dia Rendic se levantava às 6:00 a.m. para rezar seu primeiro terço com sua esposa.
Além da homenagem que diariamente lhe rendiam nas ruas de Antofagasta, onde todo o povo o saudava com carinho, a municipalidade entregou-lhe em 1953 sua máxima distinção, a Âncora de Ouro, por uma vida de serviço aos mais pobres.
Em outubro de 1963, por seus destacados méritos como cristão, o Papa Paulo VI o nomeou Cavalheiro Comendador da Ordem de São Silvestre Papa.
No ano 1971 o Governo do Chile lhe outorgou medalha de ouro por serviços distinguidos. Foi membro da Academia Chilena de Medicina e entregaram a medalha de ouro ao mérito por exercer destacadamente sua profissão.
Depois de sua morte, em 13 de fevereiro de 1993, O Mercúrio de Antofagasta publicou: "despovoou-se Antofagasta para dizer adeus ao Médico dos Pobres".