Ronaldo da Silva, missionário da Comunidade Canção Nova, jornalista e apresentador do programa Tarde Especial na rádio Canção Nova de Brasília  escreveu um recente artigo onde afirma que “a prática do aborto não é uma mal apenas para o feto”. No contexto das eleições o missionário recorda também que “não há nada mais sagrado que o direito à vida e, como tal, deve ser defendido principalmente pelas maiores autoridades da Nação”. Confira abaixo o artigo de Ronaldo Silva na íntegra:

«Ano após ano um assunto polêmico volta a ser debatido pela sociedade brasileira: o aborto. Nessas eleições, cujo primeiro turno ocorre neste fim de semana, o assunto também esteve no centro das discussões. A questão é apresentada nos debates entre candidatos, nas páginas dos jornais, sites, blogs e é defendida por movimentos favoráveis ou contrários à descriminalização do aborto.

Ocorre que há muitas formas de se responder à questão: você é contra ou favorável à prática do aborto? O candidato nem sempre responde segundo suas convicções, mas movido pela pressão das políticas internacionais de redução da taxa de natalidade, pelo interesse comercial dos grandes laboratórios ávidos por lucros e até por ideologias partidárias pouco transparentes.

É necessário prestar atenção sobre o que verdadeiramente os candidatos, em todas as esferas, pensam a respeito do assunto. Segundo a última pesquisa realizada pela CNT/Sensus, em janeiro de 2010, 73,5% dos brasileiros disseram ser contra a legalização do aborto e 22,7%, a favor. Isso revela claramente a posição da maioria dos brasileiros em relação a essa questão.

Ao longo da história da humanidade vários povos como os gregos, celtas, fueginos (indígenas sul-americanos), eliminaram as pessoas deficientes, mal-formadas ou muito doentes. É nessa ideologia, que inclusive foi usada para justificar as práticas biológicas do nazismo e os extermínios de doentes mentais e crianças indesejadas, que se insere o aborto. Aliás, a maioria das nações que adotou oficialmente o aborto, também aprovou posteriormente essas demais práticas. Um exemplo é a Holanda, lá já se pratica a eutanásia de bebês.

Na verdade a prática do aborto não é uma mal apenas para o feto. Na mulher, produz um choque no sistema nervoso e provoca um impacto em sua personalidade. Além deste problema psicológico, cada mulher que se submeteu a um aborto terá de encarar a morte de seu filho que não nasceu como uma realidade social, emocional, intelectual e espiritual. Quanto maior a negação, a rejeição, maior será a dificuldade de enfrentar a realidade da experiência abortiva.

A questão enche de interrogações a mente da sociedade brasileira. Entre outras coisas, diz-se que a Igreja Católica, instituição que sempre se posicionou de forma contrária à interrupção da gravidez, não tem autoridade para impugnar o aborto. Todavia, não é unicamente a Igreja que pensa assim. Este posicionamento encontra respaldo na própria ciência que já esgotou suas dúvidas. Hoje, pode-se afirmar com mais firmeza que desde a concepção já existe uma vida. Então, por que não atacar, ao invés do inocente no ventre, as causas da gravidez precoce de meninas, da vida promíscua de pessoas carentes de afeto familiar e amor autêntico? Por que não combater a desinformação da sociedade sobre a gravidade de práticas cruéis e bárbaras como o aborto?

Não há nada mais sagrado que o direito à vida e, como tal, deve ser defendido principalmente pelas maiores autoridades da Nação».