WASHINGTON DC, 2 de fev de 2005 às 12:43
Um grupo de defesa dos direitos humanos com sede em Washington denunciou que o governo da Arábia Saudita estaria difundindo propaganda nas mesquitas do país em que se exacerba o ódio contra os judeus e cristãos.
O Centro para a Liberdade Religiosa elaborou um relatório de 95 páginas titulado "Publicações sauditas com ideologia de ódio nas mesquitas dos EUA". O relatório é o resultado de um ano de investigações realizadas por muçulmanos e pessoas de outras confissões. Conclui que a propaganda produzida pelo governo saudita que se encontra nas mesquitas do EUA e em centros islâmicos, reflete "uma ideologia totalitária de ódio que pode incitar à violência”.
O Centro para a Liberdade Religiosa enfatiza que uma minoria de muçulmanos no mundo –os denominados Sunitas– segue a “ideologia extremista Wahhabi (ideologia violenta do Islã)” da Arábia Saudita e que “os milhões de muçulmanos que escolheram os Estados Unidos como lar são cidadãos corretos e respeitosos da lei”.
O relatório indica que a propaganda assinala como obrigação dos muçulmanos odiar judeus e cristãos; e adverte contra a imitação, a amizade, a ajuda que lhes possa prestar em qualquer forma e a participação em suas festividades e celebrações. Também promove o desprezo pelos Estados Unidos e condenação da democracia como um algo não pertencente ao Islã. Sublinha que quando os muçulmanos estão em terra de “infiéis”, devem comportar-se como se estivessem em uma missão atrás das linhas inimigas. Estão ali para adquirir novo conhecimento, para fazer dinheiro (para em seguida formar parte da “jihad” contra os “infiéis”) ou para fazer proselitismo. Qualquer outra razão para estar em meio dos “infiéis” é ilegítima.
Além disso, o relatório assinala que os livros de texto sauditas e outras publicações mais, promovem um ódio tipo nazista contra os judeus, declaram que os falsos “Protocolos dos Sábios de Sião” (livro anti-semita que descreve como os judeus teriam se reunido no finail do século XIX para planejar a conquista do mundo) apóiam-se em um fato histórico e declaram que eliminar Israel é um dever dos muçulmanos.
Para ler o relatório completo acesse a seguinte página: http://freedomhouse.org/religion/pdfdocs/FINAL%20FINAL%20Saudi.pdf