O secretário da Congregação para a Evangelização dos povos, Dom Robert Sarah, lamentou que o presidente líbio Muamar el Gadafi faça chamados a uma conversão da Europa ao Islã durante sua visita a Roma.

Dom Sarah considerou que se trata de uma "provocação" e "falta de respeito para com o Papa e a Itália, país majoritariamente católico".

As chamadas de Gadafi durante sua visita oficial a Roma provocaram mal-estar em diversos setores, incluindo católicos.

"Falar de um continente convertido em bloco ao islã não tem nenhum sentido porque são as pessoas as que decidem sozinhas e em plenitude de consciência ser cristãs, muçulmanas ou de outra religião", declarou o funcionário ao jornal italiano La Repubblica.

O jornal Avvenire da Conferência Episcopal Italiana também criticou a "sessão de propaganda islâmica", "deliberadamente folclórica" protagonizada por Gadafi.

Ao mesmo tempo, o presidente da região de Veneza (nordeste), Luza Zaia, alto responsável pela Liga Norte, deplorou as declarações de Gadafi. "Que Gadafi faça em sua casa suas chamadas à conversão. Eu não gostei de nada seu proselitismo da islamização", declarou Zaia a um meio de Pádua e lamentou que “como convidado, não tem um grande sentido da educação. Deveria limitar-se às questões do acordo econômico e comercial assinado pela Itália e a Líbia".