O Arcebispo de Gênova e Presidente da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Angelo Bagnasco, assinalou que em meio de um mundo que vive uma profunda crise de valores, os fiéis têm o dever de dedicar um tempo à oração cotidiana para poder fazer a Deus presente na sociedade, a verdade que todo ser humano necessita.

Em diálogo com o L’Osservatore Romano, o Cardeal disse que o Papa Bento XVI recorda que "há certas formas culturais dominantes que são alentadas através dos meios de comunicação, através de modelos de comportamento, tocam e podem tocar a todos: crentes e não crentes, católicos e não católicos, nenhum está isento desta clima de possível contaminação que poderia empobrecer o caminho da fé, mas sobre tudo o comportamento dos cristãos".

O Cardeal recorda que diante deste desafio "não devemos ser do mundo, diz Jesus, embora estejamos no mundo. Estar no mundo quer dizer estar exposto a todas as pressões ou tensões e solicitações que conhecemos".

Em meio deste mundo, explica logo, aparece o recurso da oração que é "o contato com Deus, e Deus é a Verdade. Certamente é preciso dedicar tempo à oração, cada um segundo a própria vocação, e tomar estes meios que a liturgia, e antes de tudo o Senhor, puseram a disposição: o Evangelho, o livro dos salmos e todas as práticas de piedade possíveis. São modalidades que nos ajudam a encontrar a verdade de Deus e do homem".

Ao ser perguntado sobre a confiança na vontade de Deus que alguns poderiam considerar como "obsoleta", o Cardeal Bagnasco disse que "se acreditássemos verdadeiramente, totalmente que Deus nos ama, é claro que viveríamos a história pessoal e universal com uma perspectiva e com uma atitude às vezes mais responsável, mais positiva. É necessário acreditar verdadeiramente que Deus nos ama: quer dizer que tem o poder de mudar a vida".