Professores da Universidade de Buenos Aires rechaçaram o pronunciamento de seu Conselho Superior que no dia 11 de agosto se pronunciou a favor da despenalização do aborto, porque vai contra as bases do Estatuto Universitário e a Constituição.

Em um comunicado, os catedráticos indicaram que este ato vai contra o Estatuto Universitário porque não promove nem preserva a cultura, não contribui a seu desenvolvimento, "denotaria falta de espírito de retidão moral e de responsabilidade cívica e quebranta a obrigação de ser prescindente em matéria ideológica, política e religiosa".

No texto recordaram que a Constituição protege "a criança desde a gravidez e a mãe durante a gravidez e a Convenção Americana sobre Direitos humanos estabelece que toda pessoa tem direito a que se respeite sua vida a partir do momento da concepção e que ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente".

"Os postulados do Conselho Superior são, pois, claramente inconstitucionais e o suposto direito invocado não só carece de toda base legal, mas também é manifestamente criminoso", assinalaram.

Os professores indicaram que é criminoso porque "trata-se, como prega a Convenção para a Prevenção e a Sanção do Delito de Genocídio, de uma medida destinada a impedir os nascimentos no seio do grupo com a intenção de destruir parcialmente a um grupo nacional, neste caso os argentinos, especialmente os mais pobres".