À medida que cresce a polêmica e o debate pela mesquita e o centro islâmico que se localizariam perto da Zona Zero em Nova Iorque, onde antes se localizavam as torres as gema destruídas pelo atentando de 11 de setembro de 2001, o Arcebispo desta cidade, Dom Timothy Dolan, ofereceu-se para mediar nas conversações entre quem apóia e se opõem a projeto.

Assim o expressou o Prelado em uma breve conferencia de imprensa na Convenant House, um lugar de acolhida católico para jovens indigentes em Manhattan. Dom Dolan disse que "minhas orações são para que o que se converteu em algo que divide se converta em uma ocasião para o debate civil, racional, acolhedor e respeitoso".

O Arcebispo de Nova Iorque ressaltou logo que as posturas diversas entre o prefeito judeu Mike Bloomberg –que apóia o projeto que também foi defendido recentemente pelo presidente Obama–, e o governador David Patterson –que prefere outro lugar para o mesmo–, mostram a "necessidade de fazer que juntos olhemos com calma este assunto".

Dom Dolan recordou logo o exemplo do recordado Papa João Paulo II quem aconselhou a um grupo de religiosas em 1993 que mudassem de lugar o seu convento que ia se localizar nos terrenos dos campos de concentração de Auschwitz, logo depois das protestas de alguns líderes judeus. "Ele é quem disse. ‘Mantenhamos a idéia, e de repente movamos o lugar’. Funcionou lá, poderia funcionar aqui", indicou.

Seguidamente comentou que "quem duvida sobre a situação da mesquita, perto de um lugar tão golpeado, propõem algumas pergunta legítimas que acredito merecem atenção", disse logo.

Ao ser perguntado sobre se gostaria de estar nas conversações, o Arcebispo disse que "estaria honrado. Se posso fazer parte disso, só necessito que me digam". "De algum modo acredito que já o somos: muitos de nossos pastores na área e muitos outros líderes religiosos já são parte das conversações que precisam continuar", concluiu.