O Sistema Informativo da Arquidiocese do México (SIAME), chamou os mexicanos a ser solidários com os danificados pelo furacão Alex; mas advertiu que a tragédia não seria tão forte se não fosse pela corrupção que existe no país.

"Além dos fenômenos naturais, também há muito graves responsabilidades governamentais que aumentam as desastrosas conseqüências", expressou o SIAME em seu editorial.

Nesse sentido, denunciou "as ações deliberadas que provocam assentamentos humanos irregulares devido à corrupção de autoridades locais e federais, que irresponsável e continuamente permitem que se violem as leis e normas estabelecidas de moradia, com o qual se fazem de imensos recursos, mas que em longo prazo têm um preço de sangue e vidas humanas"; assim como a construção de infra-estrutura deficiente "pela qual se paga quantidades milionárias".

O editorial indicou que também contribuem na tragédia "a imprudência, a ignorância e a pobreza (no limite da miséria), de quem constrói suas moradias em zonas de risco, às bordas dos rios ou no fundo dos barrancos. Todo isso, perante a indiferença culposa das autoridades".

Por outro lado, referindo-se à ação solidária a arquidiocese da capital afirma que os mexicanos devem exigir às autoridades "dar conta de sua própria responsabilidade e exigir a ação da justiça, pois atrás destes desastres também há negligências e ações deliberadas que constituem verdadeiros delitos".

O SIAME assinalou que a impunidade fará que o México siga sendo um país subdesenvolvido, "não por falta de recursos, mas sim pelas más administrações que alguns governantes fazem dos orçamentos públicos e as fraudes de muitas companhias privadas".

"Por tudo isto e mais, podemos dizer com claridade que a tragédia no norte do país também tem rosto de corrupção", advertiu. 

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