O Centro de Comunicações da Diocese de Cúcuta (Colômbia) deu a conhecer um comunicado da Comissão de Conciliação Regional Norte de Santander no que pede respeitar a vida e liberar em breve as quatro funcionárias da Fundação Progredir e da Vice-presidência da República que foram seqüestradas, conforme indicam as autoridades, pelo grupo guerrilheiro Exército de Liberação Nacional (ELN).

No comunicado publicado hoje e titulado "A liberdade é um Dom e é um Direito" destaca-se que "o povo do norte de Santander registra com profunda preocupação e tristeza, em meio da celebração do Centenário de criação do Departamento, e do Bicentenário do Grito de Independência que lavrou nossa liberdade, o seqüestro de quatro profissionais dedicadas a trabalhos humanitários".

Seguidamente indica que "ofusca o ânimo destes festejos saber que estas servidoras das comunidades populares perderam, pela força do conflito, a apreciada liberdade, pela qual lutaram nossos próceres há 200 anos. O seqüestro é um ato repudiável desde todo ponto de vista, deve ser abolido totalmente e desaparecer como mecanismo de confrontação ou de negociação".

O texto ressalta logo que "a Comissão de Conciliação Regional do Norte de Santander, integrada pelos senhores bispos deste Departamento, e pessoas das sociedade civil, solicita ao grupo que cometeu este delito respeitar a vida de Nohora Guerrero, Lisbeth Jaime, Mónica Fernanda Duarte, profissionais da Fundação Progredir, e María Angélica González do Programa de Atenção a Comunidades em Risco da Vice-presidência da República e devolvê-las o antes possível às suas famílias e à sociedade".

Finalmente agradecem e apóiam "o trabalho que a Cruz Vermelha Internacional adianta encaminhado a obter a liberação delas. Solicitamos do Governo Nacional que tenha em conta o clamor dos familiares das seqüestradas, da sociedade civil e da comunidade em geral".

As funcionárias foram seqüestradas na província de Ocaña, município de Teorama. Sobre este fato, o governador do Norte de Santander, William Villamizar Laguado, disse que o fato ocorreu na vereda San Juanito, em momentos em que elas se deslocavam para cumprir ações humanitárias na zona, onde estão presentes as Farc, o ELN e o EPL.