O coordenador do Movimento Cristão Liberação (MCL), Oswaldo Payá Sardiñas, agradeceu à Igreja por suas gestões para obter a liberdade dos detentos políticos e expressou também seu desejo de que isto represente o fim da injusta prisão e que os cubanos possam ter acesso à democracia.

Payá emitiu um comunicado logo do anúncio da liberação de cinco detentos políticos e outros 47 nos próximos quatro meses.

Em seu texto, ele agradeceu de maneira especial à Igreja por estas gestões e por seu acompanhamento solidário, "o consolo e a assistência que tantas religiosas, religiosos, leigos, sacerdotes e bispos em toda Cuba brindaram todos estes anos e seguem brindando aos prisioneiros políticos e aos seus familiares".

Do mesmo modo, disse que "saudaremos que o governo de Cuba ponha em liberdade estes prisioneiros, mas sem condições e de maneira que possam decidir livremente sobre suas vidas".

"Este deve ser o primeiro passo para liberar prontamente a todos os prisioneiros políticos e para começar as mudanças que todo o povo quer. E mudanças significa direitos, liberdade, reconciliação. É possível obter isto entre todos os cubanos", expressou.

O líder do MCL também agradeceu aos cubanos que dentro e fora da ilha foram solidários com os detentos políticos, assim como aos governos e instituições internacionais e às "heróicas Damas de Branco", esposas dos que foram encarcerados no ano 2003 apenas por exigir o respeito aos direitos humanos.

Entretanto, Payá recordou que todos os encarcerados por defender os direitos humanos devem ser libertados, "como Agustín Cervantes García que foi condenado há dois anos em 2009 apenas por impulsionar o Projeto Varela".

O líder dissidente também agradeceu "a todos os que na Espanha, desde o Governo, a oposição e a sociedade mantiveram a preocupação, a solidariedade e têm feito esforços pela liberação destes prisioneiros políticos pacíficos".

"Damos graças a todos estes heróis que um dia foram seqüestrados de suas casas e encarcerados injustamente apenas por defender os Direitos humanos. O povo de Cuba e todos os amantes da justiça devem estar agradecidos a estes cubanos que foram tochas de dignidade e esperança brilhando nas sombras", afirmou.