O Instituto de Política Familiar (IPF), criticou a lei do Divórcio Express implantada no ano 2005 pois, apesar da crise econômica e da queda do número de matrimônios, esta legislação gerou que no primeiro trimestre deste ano a porcentagem de rupturas aumente em 4,8 por cento com respeito ao mesmo período em 2009.

“No primeiro trimestre 2010 houve 33.103 rupturas matrimoniais, o que supera em mais de 1.500 rupturas –e um acréscimo de 4,8% - ao mesmo trimestre do ano passado”, assinalou o IPF.

Isto, indicou, confirma “um panorama desolador para os matrimônios e o fracasso evidente da lei do divórcio expresso: Trimestre detrás trimestre, as rupturas na Espanha seguem aumentando sem que as administrações façam nada para evitá-lo ou, ao menos, diminuí-lo”.

O IPF disse que isto demonstra que a ruptura matrimonial segue sendo o principal problema das famílias espanholas. “O fato de que a cada 4 minutos se rompa um matrimônio na Espanha é muito preocupante e nos deveria fazer refletir sobre o que está passando na sociedade espanhola. Mais ainda quando as administrações públicas não estejam fazendo virtualmente nada para reduzi-lo ou diminuí-lo”, assinalou.

Perante esta realidade, o presidente do IPF, Eduardo Hertfelder, insistiu na necessidade de promover e garantir “o direito dos filhos e dos pais à estabilidade conjugal”.

Hertfelder assinalou que esta é uma tarefa fundamental das administrações públicas, as quais não podem permanecer indiferentes ante o aumento das rupturas matrimoniais na Espanha. “É necessário, portanto, uma autêntica mudança nas políticas familiares e que se tome medidas para combater o principal problema que sofrem as famílias”, indicou.