O secretário anexo da Conferência de Bispos Católicos de Cuba (COCC), Dom José Félix Pérez, considerou o traslado de seis novos detentos políticos a prisões em seus lugares de origem, como um sinal incompleto mas alentador.

"Continua-se dentro de um processo que não sabemos exatamente com que prazos se regula, mas não cabe dúvida de que os sinais que estamos vendo ainda são incompletos mas alentadores", expressou Dom Pérez à AFP, logo que o Governo comunista anunciou o traslado de outros seis detentos políticos, que se somam a outros seis presos deslocados dias atrás.

Nesse sentido, na página web da COCC se indicou que o Arcebispo de Havana, Cardeal Jaime Ortega, foi informado na sexta-feira 11 de que no dia seguinte se transladariam às suas províncias de residência os seguintes presos políticos: Héctor Fernando Maceda Gutierrez, Juan Adolfo Fernández Sainz, Omar Moisés Ruiz Hernández, Efrén Fernández Fernández, Jesus Mustafá Felipe, e Juan Carlos Herrera Acosta.

Do mesmo modo, deu-se "licença extra-penal" ao prisioneiro Ariel Sigler Amaya, de 46 anos e paraplégico. Diante deste fato, os familiares e opositores esperam que a liberação de Sigler, levado de um hospital de Havana à sua terra natal na ocidental província de Matanzas, seja a primeira de uma lista de detentos doentes.

Este novo traslado se dá antes da chegada a Cuba do Secretário para as Relações com os Estados do Vaticano, Arcebispo Dominique Mamberti, quem viajará à ilha nesta terça-feira 15 de junho. O Prelado presidirá a Semana Social Católica de 16 a 20 de junho, e manterá conversações com o chanceler cubano Bruno Rodríguez.

Segundo a AFP, Laura Pollán, líder das Damas de Branco, expressou sua esperança de "que com a visita de Dom Mamberti e a gestão da Espanha continuem as liberações, os mais doentes devem sair porque poderiam morrer”.