O Arcebispo siro-católico de Mosul (Iraque), Dom Georges Casmoussa, denunciou o possível vínculo entre terroristas e alguns partidos políticos, e criticou as autoridades "muito ocupadas em reuniões" que não podem defender as minorias como a cristã, depois do brutal ataque que acabou com a vida de 4 cristãos e deixou a outros 170 feridos.

Em entrevista concedida à organização internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) e logo depois de visitar os feridos, o Prelado assinalou: "estamos encolerizados pelo que aconteceu e estamos cheios de tristeza pelos que tanto sofreram. Não sentimos as autoridades centrais aqui. Estão muito ocupadas em reuniões e não fazem o suficiente. O exército não é próximo ao governo e este não é próximo à polícia".

Dom Casmoussa comentou logo que “existem pessoas responsáveis mas não coordenam suas ações e isso abre as portas aos terroristas".

Seguidamente denunciou que "alguns políticos estão envolvidos em ações terroristas e em algumas ocasiões nos assassinatos ocorrem em nome de partidos políticos".

O Arcebispo criticou logo o governo por não fazer justiça com os terroristas: "escutamos que as pessoas que mataram cristãos estão na prisão, mas não foram julgados. Pedimos ao governo central que encontre outros responsáveis, os julgue e os trate de acordo à lei internacional".

"Este julgamento deveria ser aberto. Pedimos às Nações Unidas e aos Estados Unidos, que conhecem bem a situação, que ajudem as minorias, especialmente os cristãos".

O Prelado agradeceu a inestimável ajuda da AIS e pediu a esta organização, assim como os católicos em todo mundo rezem pelos cristãos no Iraque e a seguir ajudando-os com seu sustento material.