O Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, dirigiu uma carta a todos os bispos do mundo em vista da coleta a favor da Terra Santa, que tradicionalmente se realiza a cada Sexta-feira Santa.

Na carta, assinada também pelo Arcebispo Cyril Vasil, Secretário do mesmo dicastério, lê-se que a chamada deste ano "inspira-se na peregrinação realizada sobre os rastros históricos de Jesus" pelo Papa Bento XVI em maio de 2009.

O Cardeal Sandri recorda "o anseio pastoral, ecumênico e inter-religioso" que animou as palavras e os gestos do Santo Padre e como na comunidade eclesiástica de Israel e Palestina se escutou "uma voz de fraternidade e de paz". Do mesmo modo, durante aquela visita, referindo-se ao "problema incessante da emigração", o Papa afirmou que "na Terra Santa há lugar para todos", exortando às autoridades "a sustentar a presença cristã", assegurando ao mesmo tempo os cristãos daquela Terra a solidariedade da Igreja.
"O ano sacerdotal insiste aos sacerdotes e seminaristas de toda a Igreja, junto a seus respectivos bispos, a favor dos Lugares Sagrados", escreve o Cardeal, convidando a todos a prodigalizar-se "incansavelmente para garantir um futuro aos cristãos ali onde apareceram a benignidade e a humanidade de nosso Deus e Pai".

"O Papa confiou à Congregação para as Igrejas Orientais o encargo de manter vivo o interesse por aquela Terra bendita. Em seu nome exorto para que se confirme a solidariedade mostrada até agora. Os cristãos do Oriente têm, em efeito, uma responsabilidade que é da Igreja universal, de custodiar as ‘origens cristãs’, os lugares e as pessoas que deles são sinais, para que estas origens sejam sempre a referência da missão cristã, a medida do futuro eclesiástico e sua segurança. portanto, merecem o apoio de toda a Igreja", conclui o Cardeal.

Entre as obras realizadas com a anterior coleta estão as bolsas de estudo para sacerdotes e seminaristas da Terra Santa que estudam nas Universidades Pontifícias, restaurações em vários lugares: Santuário da Visitação, Jerusalém, Betânia, Belém, Jaifa, Magdala, Nazaré, Monte Nebo, Monte Tabor e Nain. Também se distribuíram recursos para sustentar paróquias, famílias, escolas, universidades e obras culturais –através da Custódia da Terra Santa–, como a Faculdade de Ciências Bíblicas e de Arqueologia do Studium Biblicum Franciscanum de Jerusalém e o Franciscan Media Center.