A diretora regional do Centro de Estudos e Formação Integral da Mulher, Patricia López, denunciou que a presidenta do Instituto Nacional da Mulher, Rocio García Gaytán, conhecida por sua postura a favor do aborto e da ideologia de gênero, tenta apropriar-se da representação mexicana ante a 54º reunião do Comitê do Status da Mulher, que se realiza na sede da ONU em Nova Iorque.

Em um artigo publicado na revista “Grafico”, López indicou que García Gaytán "se autodenominou como a única voz por parte do México". Esclareceu que o problema não é que exista uma só voz, "mas que a postura que pretende impor Rocio García, porque está mais ao borde da intolerância que da busca de consensos entre os grupos da sociedade civil que durante anos trabalharam em temas inerentes à mulher".

"Rocio García disse que a única voz que se fará valer na Beijing + 15 é a dela e que ‘as negociações unicamente estão a cargo da missão e de uma servidora, por isso as organizações da sociedade civil não têm faculdades para fazer nenhuma declaração’", denunciou Patricia López, ao indicar que o fato se deu na segunda-feira passada durante uma reunião com a delegação mexicana.

O texto recordou que García representa um setor minoritário e não a maioria das mulheres do México.

Patricia López indicou que estão decididas a não permitirem o autoritarismo e a intolerância e "faremos valer nossa voz e recorreremos às instâncias que correspondam para propiciar nos foros internacionais mais importantes a voz de todas as mulheres, o sentir de todas as mulheres, não só de um setor".