O Cardeal Péter Erdo, Presidente do Conselho de Conferências Episcopais Européias expressou seu otimismo ante a decisão da Corte Européia de Direitos humanos de aceitar a apelação interposta pelo governo italiano a favor de manter os crucifixos nas salas de aula.

A Corte se converteu no centro de polêmicas e queixa dos católicos europeus quando assinalou, em novembro de 2009, que os crucifixos nas salas de aula italianas eram um “atentado contra os direitos humanos”.

“Expresso minha satisfação pela decisão tomada pelo painel de juízes da Câmara Alta da Corte Européia de Direitos humanos de Estrasburgo de aceitar a apelação apresentada pelo governo italiano em 29 de janeiro contra a decisão de 3 de novembro no caso Lautsi contra o Governo Italiano em relação à presença de crucifixos nas salas de aula italianas”, disse o Cardeal em um comunicado dado a conhecer esta quarta-feira.

“Insisto em quão necessário é que os assuntos religiosos sejam resolvidos no nível nacional, apoiados no princípio de subsidiariedade, dado que as crenças religiosas e a percepção da laicidade mudam de país em país”, acrescenta o Cardeal húngaro.

O Cardeal Erdo assinala finalmente sua convicção de que “seria um grande gesto que a Câmara Alta, em sua revisão do caso, aceitasse este fato, que estou seguro devolverá a confiança nas instituições européias a muitos cidadãos da Europa, cristãos, crentes e não crentes, que se sentiram profundamente feridos por esta decisão”, conclui o Cardeal.