A Igreja pretende que a estadia de Bento XVI em Portugal, marcada para os dias 11 a 14 de Maio, seja capaz de “desinstalar os católicos” e tenha “conseqüências nos próximos anos”. O desejo foi manifestado por D. Carlos Azevedo, coordenador da comissão que está a preparar a visita do Papa, durante a conferência de imprensa realizada esta Sexta-feira, em Lisboa. O tema “Contigo caminhamos na esperança – Sabedoria e Missão” orientará as atividades programadas para a visita do Pontífice.

A principal motivação da vinda de Bento XVI é a evocação dos 10 anos da beatificação dos Pastorinhos. Os momentos mais “emblemáticos” serão as missas em Lisboa, Fátima e Porto.

Questionado sobre o fato de que os jovens, pela primeira vez numa visita pontifícia ao país, não terão um momento específico de encontro com o Papa, D. Carlos Azevedo recordou que os 83 anos de Bento XVI exigem que o programa da estadia não seja sobrecarregado. Segundo o coordenador da comissão organizadora da visita, será feito "um esforço" para unificar a participação de movimentos juvenis. Além de uma “grande intervenção” durante as missas em Lisboa, Fátima e Porto, prevê-se que os jovens se reúnam a 11 de Maio para cantar à porta da Nunciatura Apostólica, na capital, enquanto o Papa janta.

Já se sabe o encontro com agentes relacionados com a Pastoral Social – a 13 de Maio, em Fátima – contará com a presença de representantes de várias confissões religiosas.
Até o momento não estão previstas atividades relacionadas com o ecumenismo e o diálogo inter-religioso. Entretanto, o Papa “poderá ou não fazer uma referência a situações perturbadoras da família”, afirmou D. Carlos Azevedo a propósito de eventuais discursos ou homilias relacionadas com as denominadas “causas fracturantes”, como por exemplo a recente aprovação do “matrimônio” homossexual pelo parlamento.

A vinda de Bento XVI não deverá provocar avanços no processo da beatificação da Irmã Lúcia. “As visitas correm ao lado dos percursos que se realizam na Congregação das Causas dos Santos, não havendo uma confluência”, explicou o prelado.

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