CARACAS, 24 de fev de 2010 às 08:10

Em sua mensagem de Quaresma 2010, o Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa Savino, explicou que a crise política e social que atualmente se vive na Venezuela é produto da profunda crise moral, "quer dizer, na nefasta presença do pecado em nossa sociedade e em nós mesmos".

No texto o Cardeal explica primeiro a importância de viver neste tempo de conversão "as práticas quaresmais da oração, a mortificação ou penitência, e a esmola, quer dizer, a mais intensa vivência da caridade fraterna".

Depois de exortar logo a viver na Quaresma o lema da Missão Continental "Abra seu coração a Jesus Cristo", o Cardeal pediu tomar "consciência de que a raiz das dificuldades que vivemos está em uma profunda crise moral, quer dizer, na nefasta presença do pecado em nossa sociedade e em nós mesmos: violência, ódio, injustiça, agressão, delinqüência, crime, desordem afetiva sexual, indiferença religiosa".

"A corrupção que de várias maneiras se manifesta na vida social do país, no campo afetivo sexual, no campo econômico, no campo político, é uma manifestação dessa crise moral", alertou.

Seguidamente animou a que "além dos problemas políticos, que temos que tratar de resolver de acordo à Constituição Nacional, defendendo nossos direitos e cumprindo nossos deveres, temos que pôr a mão no coração e escutar o convite evangélico: ‘Converte e crê no Evangelho’".

"Abramos nossos corações a Jesus Cristo! Aproveitemos esta Quaresma para assumir com seriedade nossa fé. Assumamos de verdade nossa adesão a Cristo e suas conseqüências no campo da moral e da prática religiosa. Sejamos realmente cristãos praticantes!", exortou depois o Arcebispo.

Depois de alentar a participar da Missa dominical e nos sacramentos da Reconciliação e a Eucaristia, o Cardeal Urosa concluiu sua mensagem animando a assumir "o compromisso de viver com firmeza nossa fé, de conhecê-la, valorizá-la e defendê-la, sem temores nem complexos, E de assumir também com alegria nossa pertença à Santa Igreja de Deus, o povo da vida, do amor e da paz".