A plataforma Religionenlibertad.com (ReL), informou que em menos de um mês já são mais de 50 mil os cidadãos que assinaram o pedido ao Rei Juan Carlos da Espanha para que não sancione a nova lei do aborto que prepara o Governo socialista, e chamam os espanhóis a seguirem coletando assinaturas  para que não se aprove uma lei injusta que atenta contra o direito à vida de seres inocentes.

"Embora estejamos positivamente surpreendidos por ter conseguido tão rápido 50 mil apoios, é necessário seguir unindo petições para que, chegado o momento, Juan Carlos I comprove de primeira mão que existem centenas de milhares de cidadãos que não desejam que se sancione com sua assinatura uma lei claramente injusta", expressou Alejandro Campoy, porta-voz da campanha.

Não deve assinar

Nesse sentido, diversos teólogos assinalaram que o monarca espanhol não deve assinar a lei, de ser passada no Parlamento, valendo-se para isso de seu direito de cidadão a negar-se de consciência.

"O Rei, como qualquer cidadão, é sujeito de todos os direitos e liberdades constitucionais. Sua consciência lhe permite então objetar e negar-se a assinar uma lei que se estabelece contra esses mesmos direitos fundamentais", afirmou o membro da Real Academia de Ciências Morais e Políticas, e teólogo de grande relevância, Olegario González.

Por sua parte, o professor de teologia moral da Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra, José María Pardo, advertiu que "ratificar uma lei é dar seu assentimento e respaldo. Ele deveria objetar".

Do mesmo modo, o sacerdote jesuíta Jorge Loring insistiu ao monarca a seguir o exemplo de Balduino da Bélgica e não ratificar uma lei que atenta contra a moral e os direitos humanos.

Luis Gómez Jaubert, defensor do vínculo da Diocese de Tenerife, disse ao Rei que "se os atos reconhecidos são imorais, a lei é injusta", portanto desobedecê-la é legítimo e no caso do aborto "a desobediência se converte em obrigatória".

Para unir-se à iniciativa contra o aborto se pode ingressar em www.majestadnofirme.com