O Pe. Manuel Corral, responsável pelas relações públicas Ad Extra da Conferência do Episcopado Mexicano (CEM) assinalou que a reforma do artigo 40 da Constituição para estabelecer que o Estado é laico não resulta muito necessária frente a outros temas mais urgentes; e indicou que esta laicidade não deve "amordaçar" a liberdade religiosa.

Depois de assinalar que "um Estado, entre mais laico, melhor serve à sociedade", o sacerdote assegurou que "seria triste que por isso se entendesse simplesmente para amordaçar" as Igrejas e limitar a liberdade religiosa de seus cidadãos.

Logo depois de comentar que ainda não analisa o juízo aprovado na Comissão de Pontos Constitucionais da Câmara de Deputados para conhecer a fundo "o que pretende o Legislativo", o Pe. Corral disse que estas modificações não devem fazer que o Estado mexicano "retorne a séculos passados", nos quais era todo capitalista ou absoluto e "amordaçava" seus cidadãos e organizações.

O responsável pelas relações públicas Ad Extra da CEM disse que "se por laico se entende como o que não se identifica com alguma religião, estou de acordo, mas se for simplesmente para amordaçar, ou para limitar a liberdade de expressão, a liberdade religiosa, pois estão interpretando mal".

Deste modo indicou que "hoje uma Constituição não vai se reger por um credo, seja qual for. Como os Estados Unidos onde a maioria é protestante e não se rege pelo credo, mas dialoga com todos os credos que opinam e dizem, e não sucede nada".