Uma família de Guaratinguetá fez uma doação de 60 mil dólares para ajudar nas despesas do processo de canonização do beato Frei Galvão, natural da mesma cidade.

De acordo com a historiadora e diretora do Museu Frei Galvão, Thereza Maia, a família pediu que sua identidade seja mantida em sigilo, e o dinheiro já foi repassado para a comissão responsável pelo processo que pede a canonização de Frei Galvão.

O dinheiro servirá para cobrir as despesas com profissionais para a elaboração dos laudos médicos sobre o estado de saúde das pessoas que teriam recebido as graças do beato, a tradução do processo (que contém mais de 1000 páginas) para o italiano e latim e as cópias para cada membro da comissão de avaliação. Além disso, o donativo também ajudará nos gastos com as despesas de viagem da representante do processo até Roma.  A expectativa é que o Vaticano dê seu parecer ainda este ano.
A postuladora da causa da canonização, irmã Célia Cadorim, está em Roma desde outubro de 2004, quando foi ao Vaticano para apresentar os supostos milagres. Foram levadas três histórias, que segundo Célia "Esperamos que o Vaticano considere uma delas como milagre, para que Frei Galvão vire santo", disse.
O beato Galvão já teve um milagre reconhecido e, para que seja declarado santo, é necessária a aprovação de um outro milagre, avaliado pelo Tribunal da Causa dos Santos, formado por cardeais e médicos especializados, no Vaticano.

Beato Galvão

Frei Galvão nasceu em Guarátinguetá em 1739, onde viveu até os 17 anos,  e morreu em São Paulo no dia 23 de dezembro de 1822, aos 82 anos.  Depois de frequentar seminários na Bahia e no Rio de Janeiro, Frei Galvão construiu, viveu e morreu no Mosteiro da Luz, em São Paulo, onde foi enterrado.
A beatificação ocorreu no dia 25 de outubro de 1998, após o Vaticano reconhecer um milagre.

Irmã Célia Cadorim é da Irmandade Irmãzinhas da Imaculada Conceição  também foi a postuladora da causa de beatificação de Frei Galvão.
Por sua construção e fundação do Mosteiro da Luz, em 2000, o papa João Paulo 2º declarou Frei Galvão patrono da construção civil no Brasil.