A agencia Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários, dependente do Ministério de Sanidade, afirmou em um recente informe que existem serias conseqüências físicas no uso da pastilha do dia seguinte, como a gravidez ectópica e a aparição de tromboembolismo venoso.

Conforme informou o Jornal La Razón, a Agencia de Medicamentos desmentiu o afirmado pelo próprio Ministério no “Informe de avaliação de remédios com lovonorgestrel autorizados”.

Neste novo informe, ao referir-se as reações adversas, a Agencia de Medicamentos informou que o tromboembolismo venoso é uma perigosa doença caridovascular que se libera pela presença de um coágulo de sangue em uma veia profunda e seu perigo está condicionado pela possibilidade de que se desprenda e viaje a través do fluxo sanguíneo, podendo bloquear incluso uma veia dos pulmões.

A pesar dos distintos informes apresentados sobre os efeitos secundários da pastilha, o Ministério de Sanidade negou que o fármaco seja nocivo para a saúde da mulher.

A revelação da Agencia se deu depois de quase quatro meses de ser aprovada em Espanha a distribuição sem receita médica da pastilha do dia seguinte.

Conforme afirmaram “nestes preparados para a anticoncepção de emergência, a dose que se administra é menor que a que corresponderia a um ciclo de anticoncepção hormonal, porém não pode ser descartado o risco de tromboembolismo venoso em mulheres que fizeram um uso não recomendado dos preparados de anticoncepção de emergência”.

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Os números

Os riscos expostos no projeto da pastilha do dia seguinte e que aparecem recolhidos em um informe não são menores. O documento faz referencia a um estudo de pivotal, no que se analisa o consumo de 1.500 microgramas de levonorgestrel, justo os que tem o fármaco de venda em farmácias.

Os resultados são eloqüentes: das 1.379 mulheres que consumiram pelo menos uma dose, 426 sofreram sangrados (30,89%); 189 náuseas (13,71%); 184 fadiga (13,34%); 183 dor abdominal baixo (13,27%); 142 cefalea (10,3%) entre outros transtornos como mastalgia ou dor de peito, diarréia, vômitos e enjôos.

Os resultados destas pesquisas foram dados a conhecer no dia 7 de outubro, cinco meses depois de que o Governo anunciasse que dispensaria às pacientes do trâmite vigente até então na Espanha de ir ao médico em busca da receita do fármaco.

Expertos farmacêuticos consultados mostram sua estranheza  sobre a data da elaboração, pois o lógico – assinalam – é que a avaliação dos riscos seja feita antes da mudança do estados de um fármaco e não depois.